A resposta possível ao desafio que me foi feito, pelo Centro de Competência da Escola Superior de Educação de Setúbal, de apresentar o meu testemunho sobre a ainda pouca experiência de utilização de blogues em Educação (apenas um ano e meio). Um diário de bordo resumido, simples reflexões de quem está apenas a começar. Não contem com certezas. Estejam certos de que sobrarão muitas perguntas. O caminho faz-se caminhando.
Do fio à teia (testemunho de um caminho - síntese)
domingo, 25 de fevereiro de 2007
Primeiro é só a vontade de qualquer coisa mais. Um passo em frente. Um gesto novo. Sabe bem experimentar caminhos de aproximação ainda não traçados no universo da educação.
A tecnologia permite. De forma complexa ou de forma mais simples. Esta história começou de forma simples. Os blogues têm esse poder. Podem humanizar o uso da máquina, podem ser gesto de partilha, de alargamento da descoberta e do saber. No fim somos sempre nós, gente, o mais importante.
Um fio para começar, para experimentar. Outro para finalmente perceber em que sentido seguir. E mais outro ainda... e mais... A certa altura a teia, a rede de ligações que se alimenta a si própria. Será contada a história e dela se deixará testemunho.
Crescemos todos à medida que ela cresce.
Os blogues oferecem mais do que só palavras, do que só companhia, do que apenas janela. Eles são, talvez, uma nova forma de gerir a informação, de nos partilharmos num tempo com pouco tempo. Mas, sobretudo, eles vencem a barreira do espaço, apagam os muros e as paredes da Escola a que chamávamos nossa e que passa a ser uma grande casa comum, sem fronteiras, sem nomes, sem território.
Juntam parceiros de ofício com afinidades nos sonhos. Afinidades na língua (nem tanto mar é já desculpa). A sala de professores deixa de ser o casual encontro que o destino dita, passa a ser o encontro que se vai escolhendo no que se lê e vê do outro que um dia, quem sabe, acabaremos por chegar a conhecer, a tocar.
Uma riqueza partilhada quebra o isolamento, deixa entrar a luz. Aquece.
Não são permitidos segredos a uma comunidade que quer e precisa de aprender.
O erro fará sempre parte do caminho. O confronto. A indecisão. O fracasso. O cansaço. O desencanto. As divergências. Mas, também, todas as conquistas.
Teia que, apesar de tudo, apetece continuar a tecer...

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desfiado por Teresa Martinho Marques at 17:42 | Permalink